A FLORA DO CERRADO - FOGO - TRABALHO ESCOLAR
FOGO
Fósseis de galhos carbonizados já foram encontrados na região. Tribos indígenas do Planalto Central do Brasil já utilizavam a pratica denominada “coivara”, a queimada, como forma de preparação do solo, utilizada pelos índios.
Aproveitavam, assim, o solo limpo, sem arrancar as espécies nativas, plantando suas roças; após a colheita, deixavam a área em paz para recobrar sua diversidade original. Assim, a natureza, devagar, após anos e anos de zelo, encarregava-se de recuperar a área. O cerrado mantinha-se quase intocado; a natureza tinha o tempo suficiente para refazer o que o índio tocava com sabedoria.
Após as queimadas os troncos revestidos de cascas grossas e enrugadas, das sementes dispersas, cobertas por rígidas estruturas, brota a vida – despertada pela combustão. Embora agressivas, deixando a natureza com aspecto desolador, as queimadas fazem parte dos contrastes do Cerrado – por meio delas renascem muitas espécies nativas.
No entanto, não devem ser esquecidos os aspectos nocivos do fogo sobre o ecossistema Cerrado. A freqüência, o tipo de fogo e a época das queimadas provocam alterações, muitas vezes irreversíveis, nas feições do Cerrado. O Campo Sujo, por exemplo, é conseqüência de queimadas sucessivas no Cerradão. Espécies menos resistentes desaparecem...
Essa tradição cultural da região, se utilizada de forma racional, dando à natureza uma trégua para que se regenere, é uma forma de perpetuar muitas espécies. Se explorando de modo racional, o Cerrado sobreviverá às agressões dos dias atuais e as gerações futuras poderão usufruir de seus recursos naturais e da sua beleza.
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