sábado, 4 de agosto de 2012

A FLORA DO CERRADO - OCUPAÇÃO

 A FLORA DO CERRADO - OCUPAÇÃO - TRABALHO ESCOLAR

OCUPAÇÃO

Antropólogos têm indícios da presença humana – tribos indígenas – desde 300d.C. No inicio do século XVIII, atraídos pela extração do ouro e outras pedras preciosas, colonizadores europeus e brasileiros fundaram cidades, desenvolveram atividades extrativistas seletivas, a caça, e algumas atividades agrícolas nesta região do Planalto Central.
Antes dos anos 50, a densidade populacional da região era muito baixa e o impacto ambiental, provocado por atividades extrativistas ou atividades agropecuárias, era inexpressivo. Entretanto, nos últimos 40 anos, a ocupação  humana acelerou impactantes na região.

A população da região Centro-Oeste cresceu seis vezes, entre 19580 e 1990, passando para cerca de 10 milhões de habitantes, com uma densidade media de 6,4 habitantes/KM2.
Incentivada por políticas governamentais, a ocupação do Cerrado tem sido em larga escala e em ritmo cada vez mais acelerado. A expansão das áreas urbanas tem causado grandes impactos ambientais – áreas decapadas, abertura de cascalheiras, cortes de morros, aterros, drenagens; desmatamento para obtenção de lenhas e escoras para construção e fornos, aumento do consumo de água e construção de barragens de abastecimento de energia. A destruição das matas de galeria, veredas e campos úmidos, cachoeiras e corredeiras é uma das conseqüências do barramento dos rios de planalto.
Embora a ocupação, associada à urbanização, tenha provocado significantes alterações ambientais, o fenômeno que  mais tem causado mudanças no meio ambiente regional é a expansão da atividade agrícola. Desde a década de 70, a região vem-se tornando uma grande produtora de grãos, com uma agricultura moderna e altamente tecnificada.

Cerca de 50% da região do Cerrado está atualmente, incorporada ao Sistema de Produção Agropecuário Brasileiro. Com esse crescimento econômico e tecnológico, aumentam também os problemas decorrentes a agressão  ambiental, muitas vezes causada pela ignorância, outras vezes decorrentes de políticas governamentais, ou mesmo do abuso da terra para saciar ambições humanas.
O manejo inadequado do solo, a monocultura, a seqüência de cultivos que favorecem a maior incidência de doenças, pragas e invasoras, o uso excessivo de agrotóxicos, o desmatamento indiscriminado, a localização de barragens em locais inadequados e a ocupação de solos impróprios para a agricultura, entre outros fatores, são causas do uso desordenado e irracional da natureza, que, no decurso de alguns poucos anos, provocam profunda degradação ambiental.

O sucesso da ocupação e da exploração da região está vinculado à conscientização dos seus habitantes, ligados direta ou indiretamente ao campo e a um eficiente sistema de pesquisa, de extensão e de fiscalização florestal.  A exploração racional, aliada a uma política de conscientização e de valorização do ecossistema quer nos cerca, é o caminho a ser seguido para a conquista plena dos Cerrados – só haverá conquista se houver preservação. Quando faltar a preservação, faltará a agricultura, fonte sustentadora que impulsiona a sobrevivência humana na região.

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